quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Preciso trocar de pediatra. E agora?

Mudar de médico é sempre trabalhoso e quando se trata do profissional que cuida dos filhos fica mais difícil ainda. Confira dicas para que o novo especialista tenha mais chances de dar certo!







Os motivos para trocar de pediatra vão desde uma mudança de cidade e alterações no convênio médico até situações em que o profissional não supre as expectativas da família. Seja qual for o caso, procurar um novo médico dá bastante trabalho. Que o digam as mães que curtem a nossa página no Facebook: em poucas horas, 42 delas contaram como foi quando precisaram fazer isso. Muitas histórias passam pela quebra de confiança. As principais reclamações falam de quando o pediatra é procurado e não atende ou retorna ligações, da dificuldade de conseguir consultas de encaixe em emergências, de diagnósticos demorados ou imprecisos e até mesmo do jeito muito duro ou ríspido do médico. Também não faltam comentários sobre a discordância entre os pais e o médico quanto ao uso de remédios.
Claro, nem todo pediatra vai servir para todo paciente. Há pessoas que gostam que o médico explique em detalhes o que está ocorrendo, outras preferem repostas mais práticas e diretas. Algumas consultam o pediatra logo nos primeiros sintomas, outras têm um perfil de aguardar mais para ver como a criança evolui. O importante é que o seu jeito de ser e pensar encontre par no do pediatra. Se você também está passando por uma situação parecida, confira as dicas que a CRESCER preparou com o auxílio de profissionais e pais para que essa mudança seja feita da maneira mais tranquila possível:
• Está em dúvida sobre o que fazer? Antes de trocar de vez, avaliar uma segunda opinião pode ser suficiente para definir se o seu filho deve continuar sendo atendido pelo médico atual ou não.
• O prontuário médico é de propriedade do paciente. Por isso, não hesite em pedir o histórico de seu filho para o pediatra anterior.
• Se a troca for tranquila e sem atritos, como nos casos de mudanças no convênio, ou quando você ou o médico precisam mudar de endereço, não há mal nenhum em passar o telefone do antigo pediatra ao novo. A troca de informações é comum entre os profissionais e pode ser útil para sua família e para seu novo médico.
• “Eu gosto dele, meu filho não.” Essa situação é rara, dos pais estarem satisfeitos com o pediatra mas a criança não se adaptar de jeito nenhum. Nesse caso, a decisão é sua de definir se a antipatia do seu filho é motivo suficiente para a troca.
• Se for se consultar por indicação de alguém, pense se essa pessoa tem um perfil parecido com o seu.
• Veja qual é a linha que o profissional segue, se é alopata, se é homeopata, se mescla as duas linhas, e veja se isso está de acordo com o que você busca.
• Pergunte sobre a postura dele no uso de antibióticos, por exemplo, ou na indicação de aplicações de vacinas.
• Busque um consultório de fácil acesso para você, para que os deslocamentos, principalmente nas grandes cidades, não se tornem um motivo extra para mais estresse.
• Na primeira consulta, observe o que ocorre na sala de espera, se há sempre muita gente aguardando, se há pontualidade no atendimento, se os atrasos são maiores do que os que você pode tolerar.
• Pergunte e conheça a rotina do médico: que dias e horários ele atende em consultório, se é neonatologista e dá plantão em hospitais, se é professor e dá aulas em que horários e dias. Assim fica mais fácil saber quando você pode contar com ele.
• Pergunte quais convênios ele atende, se há dias em que só atende consultas particulares.
• Saiba quanto tempo ele reserva para cada consulta e se ele separa algum horário do dia para atender encaixes de urgência.
• O profissional deve passar um meio de contato além do consultório, que pode ser celular, telefone de casa ou outro fixo. Peça as maneiras de encontrá-lo e avalie se elas são suficientes para você. Vale lembrar que o celular não substitui a consulta pessoal. Os médicos não podem, nem devem, diagnosticar ou receitar medicamentos por telefone antes de uma avaliação clínica.
Fontes: Joel Lamounier, pediatra e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria; Olívia Adayr Xavier Suarez, pediatra e pneumologista do Hospital da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu (SP); Vitor Costa Palazzo, diretor do departamento de pediatria do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba (PR)
LINK: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI261041-10498,00-PRECISO+TROCAR+DE+PEDIATRA+E+AGORA.html

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